terça-feira, 9 de março de 2010

Sala dos Reis - Mosteiro de Alcobaça


Ao lado da entrada do Mosteiro, do lado esquerdo, por onde terminam habitualmente as visitas ao Mosteiro, encontra-se a Sala dos Reis, onde se encontram as imagens de várias figuras régias.

Na Sala dos Reis, encontram-se em cima de pedestais, colocadas a meia altura da sala, as 19 estátuas dos reis de Portugal desde D. Afonso Henriques, até D. José I.

As estátuas são obras em barro policromado dos monges barristas. A sequência de reis não está terminada devido à expulsão das ordens religiosas e ao facto do Mosteiro ter ficado desabitado.


A sala é decorada com azulejos que retratam acontecimentos de alguns episódios da história de Portugal e do Mosteiro.

Nos azulejos azuis, datados do último terceto do século XVIII, que revestem as paredes da Sala dos Reis, representou-se a história da fundação do Mosteiro de Alcobaça. Nesse local, encontra-se também um grupo de estátuas de D. Afonso Henriques, de São Bernardo de Claraval e do Papa Inocêncio II que representam a coroação imaginária do rei português no ano de 1139.

Nesta sala, encontra-se agora também, a loja do Mosteiro.

Fonte: Wikipédia

Claustro do Poente - Mosteiro de Alcobaça


Este claustro englobava, durante a época medieval, as salas dos irmãos leigos que aí tinham o seu refeitório. Além disso, existiam nesse local as despensas do Mosteiro.

Os irmãos leigos tinham acesso à igreja por um caminho próprio, que se encontra hoje em dia na porta da entrada da Sala dos Reis. Durante as missas, estava-lhes destinada a parte de trás da igreja.

A partir do século XVI, a área dos irmãos leigos foi totalmente transformada. O cardeal D. Henrique (Abade de Alcobaça de 1540 a 1580), mandou construir, nesse local, o Palácio da Abadia com a ordem de que, após a sua morte, essas salas fossem utilizadas para o alojamento de convidados.

Após a sua morte, existem provas da existência do albergue (também no piso superior), da Sala das Conclusões e da Sala dos Reis.

Na Sala das Conclusões encontravam-se as estátuas dos reis portugueses que, entre os anos de 1765 e 1769 foram mudadas para a actual Sala dos Reis que, anteriormente, tinha servido de capela. Mais tarde, a Sala das Conclusões serviu como arquivo e, na época moderna, foi usada pela Repartição das Finanças.

Este claustro pode observar-se muito bem das janelas ou varanda do Dormitório.


Fonte: Wikipédia

domingo, 7 de março de 2010

Sala dos Monges - Mosteiro de Alcobaça


Por baixo da parte norte do Dormitório, acessível através de uma porta que se encontra ao lado da escada para o mesmo, localiza-se a Sala dos Monges. Esta sala possui 560 m², inclinando-se para o lado norte mediante quatro degraus.

Nos primeiros séculos, esta sala servia para o alojamento dos noviços, que não podiam participar na vida normal da ordem dos monges brancos. Quando no início do século XVI, o dormitório dos noviços foi transferido para o segundo andar do Dormitório, a Sala dos Monges transformou-se numa sala de trabalho, numa sala de espera e numa sala de estar dos monges.

Após a construção da nova cozinha, no século XVII, também era nesta sala que eram entregues e armazenadas as mercadorias.

No ponta a sul da Sala dos Monges encontra-se uma separação mural maciça, aberta em direcção ao tecto, formando uma sala estreita em direcção ao muro a norte do Parlatório.

Em 1229, o cabido-geral dos cistercienses decidira que todos os mosteiros deviam ter uma prisão no seu interior. A abadia possuia para a sua jurisdição civil uma prisão nos calabouços do castelo que se localizava acima e a ocidente do Mosteiro. De acordo com a nova regra, o compartimento no final da Sala dos Monges passou a ser utilizado como uma prisão pertencente ao Mosteiro.

Fonte: Wikipédia

O Dormitório - Mosteiro de Alcobaça


Em seguida, abre-se uma porta para acesso à escada do Dormitório. Esta escada foi somente descoberta em 1930, quando se fizeram as obras de renovação. No piso superior, com decoração manuelina, situa-se o amplo Dormitório dos Monges, coberto por uma abóbada de ogivas quadrangulares apoiadas em grossos pilares octogonais.

O Dormitório, que se localiza no primeiro andar, tem o comprimento de 66,5 m e a largura de 21,5m até 17,5m sobre o lado oriental total da parte medieval da abadia, tendo deste modo uma área de perto de 1300 m². Na forma actual e restaurada, o Dormitório apresenta-se na sua forma medieval original.

Na parte superior do lado sul, o Dormitório é aberto por uma grande porta ogival que dá acesso ao transepto a norte da igreja. Antigamente, e nesse local, existia uma escada que descia, cumprindo uma regra cisterciense que obrigava a que o dormitório possuisse duas entradas de acesso.

Na parte superior do lado norte do Dormitório encontravam-se as latrinas, que se encontravam obrigatoriamente separadas por uma sala à parte, uma regra estipulada de igual modo pelas regras cistercienses. As águas eram escoadas para o jardim do lado norte da abadia.

Os monges dormiam no Dormitório todos juntos e totalmente vestidos, sendo separados apenas por uma separação móvel. O abade possuia uma cela própria na parte sul da igreja. Naquele tempo, era esta a disposição existente na maior parte dos mosteiros.

A meio do lado ocidental, há uma porta estreita que dava acesso a uma escada em caracol, que hoje dá acesso à cozinha e, na Idade Média, permitia a entrada no Calefactório. Por este lado, havia também acesso ao claustro superior.

O Dormitório foi sendo alterado ao longo dos séculos. No início do século XVI, adquiriu um segundo chão, inserido mais ou menos ao nível do capitel dos pilares, continuando a existir um pé direito suficiente. Supostamente, era neste lugar que os noviços dormiam.

Por baixo, na metade a norte, foram construídas salas, que eram utilizadas como biblioteca, até à construção da nova Biblioteca em 1755, e arquivo.

No lado sul foram construídas celas, uma vez que, com o alargamento do novo Mosteiro à volta dos claustros, que se encontravam a oriente, este tipo de alojamento substituía as velhas salas de dormir. No lado oriental, através dos alargamentos, o dormitório adquiriu um terraço de acesso directo.

Em 1716, foi construída uma fachada nova ao Dormitório, direccionada a norte. Esta fachada foi coroada com uma estátua do fundador da abadia, D. Afonso Henriques. No ano de 1940, e no âmbito da restauração, foi eliminado o segundo chão inserido anteriormente.

O Dormitório, tal como hoje é visível, é hoje uma sala de três naves de enormes dimensões, utilizado fundamentalmente para eventos culturais como, por exemplo, exposições.


Fonte: Wikipédia

O Parlatório - Mosteiro de Alcobaça

O Parlatório de 5 m de largura, encontra-se ao lado da Sala do Capítulo. Era apenas no Parlatório que os monges estavam autorizados a falar com um representante do abade.

Por princípio, os monges estavam obrigados ao silêncio, com excepção da reza, e só se podiam transmitir informações muito necessárias. Por esse motivo, muitos utilizavam uma linguagem gestual.

Fonte: Wikipédia

Sala do Capítulo - Mosteiro de Alcobaça


O acesso à Sala do Capítulo revela uma fachada especialmente vistosa devido aos seus pilares escalonados uns atrás dos outros.

A Sala do Capítulo servia às assembleias dos monges e era, depois da igreja, a sala mais importante do Mosteiro. O seu nome deve-se às leituras que eram feitas a partir dos capítulos das regras beneditinas. Por outro lado, essa sala era o lugar das votações e de outros actos semelhantes feitos pelos monges.

Ela tem uma forma quadrada de 17,5 m x 17,5 m, havendo espaço para 200 monges. Na época medieval, havia uma escada que conduzia directamente da Sala do Capítulo para o Dormitório, uma vez que os monges eram obrigados a ir lá durante a noite.

Na área da entrada para a Sala do Capítulo existe uma placa funerária de um abade não identificado. Antigamente, o chão desta sala estava todo ele coberto por estas placas funerárias pois, de acordo com uma regra cisterciense do ano de 1180, os abades deviam ser enterrados na Sala do Capítulo. Assim, os monges eram obrigados a tomar as suas decisões em cima dos túmulos de abades falecidos.

Este género de enterro era uma grande excepção dentro da ordem cisterciense pois, normalmente, os enterros estavam proibidos dentro dos mosteiros. Por esse motivo, encontra-se uma porta, com acesso ao exterior, no transepto a sul, chamada de Porta da Morte, pois os monges falecidos eram transportados através dela para serem enterrados.

Não obstante este facto, durante os trabalhos de renovação da Abadia de Alcobaça, foram encontrados debaixo do chão e também nos muros monges enterrados, para os quais, obviamente, foi feita uma excepção àquela regra.

Fonte: Wikipédia

Claustro do Capítulo - Mosteiro de Alcobaça


O claustro do lado oriental, o Claustro do Capítulo, inicia-se no seu lado sul com uma porta de ligação à igreja, através da qual os monges brancos passavam para entrar na igreja, e engloba a sacristia medieval, a Sala do Capítulo, o Parlatório, a escada de acesso ao dormitório e o acesso à Sala dos Monges.

Fonte: Wikipédia

A Cozinha - Mosteiro de Alcobaça


Durante o seu reinado (1656-1667), o rei D. Afonso (1643-1683) deu a ordem de construção de um novo claustro na área noroeste do Mosteiro, através do qual era necessário abdicar da cozinha medieval a oeste do refeitório.

Ao mesmo tempo, os hábitos alimentares dos monges tinham-se alterado. De acordo com as regras cistercienses antigas, a carne e as matérias gordas estavam proibidas aos monges. Abria-se uma excepção no caso de doença, podendo os monges comer carne na enfermaria.

No ano de 1666, o Papa Alexandre VII autorizou o consumo de carne três vezes por semana. Esta autorização desencadeou uma mudança radical nos costumes dos monges, estando a sua pequena cozinha, tecnicamente, impreparada. Assim, foi necessário desviar o calefactório a leste do refeitório para se criar uma cozinha nova.


Para além da cozinha, o Calefactório era a única sala em que se podia aquecer, pelo que, na época medieval, era neste local que os copistas copiavam os seus livros. No entanto, com o alargamento de mais claustros do Mosteiro essa sala tornou-se desnecessária até porque, entretanto, a impressão tinha substituído a cópia manual.

Deste modo, foi construída na área do Calefactório e do pátio uma nova cozinha, de 29 m de profundidade e de 6,50 m de largura, que ultrapassava os dois andares, atingindo uma altura de 18 m. A data exacta da nova construção não é conhecida, embora exista, numa parede da cozinha, uma inscrição com a data de 1712.


Porém, presume-se que a cozinha nova ainda tenha sido construída antes do claustro do rei D. Afonso VI, por volta do século XVII. No meio da cozinha, foi construída uma lareira sobre uma área de ca. de 3 x 8 m, com uma altura de 25 m, com duas lareiras laterais com as medidas de 2,5 m x 1,5 m e de 4 m x 1,5 m de altura igual, sendo estas medidas as mais altas do Mosteiro, após a igreja com a sua nave.

O chão da lareira principal era rebaixado em relação ao nível do solo para que captassem as brasas, pelo que estas disposições – após a abstinência de carne durante séculos – eram propícias ao grelhar e à cozedura de gado. Alguns cálculos concluíram que a cozinha era o suficiente para alimentar mais de 500 monges.


Em 1762, existiam em Alcobaça 139 monges brancos, juntando-se-lhes ainda os irmãos leigos. Por baixo do chão da cozinha corre uma conduta da Levada, um braço artificial do rio Alcoa. A água sai pelo lado norte da cozinha por uma fenda aberta para fluir numa bacia inserida no chão, da qual a água era retirada. Segundo a lenda, os monges terão pescado nesse local, o que parece muito pouco credível.

Do lado oeste da cozinha foram colocadas sete grandes bacias de pedra com saídas por meio de figuras imaginárias ou caretas, das quais saía a água para dentro de duas bacias do tamanho de uma banheira, alimentadas por uma fenda saída da parede.


Esta fenda era alimentada por uma outra afluência de água, que, por sua vez, era alimentada por uma fonte através de uma conduta de 3,2 km com água potável. Em 1762, a cozinha recebeu os azulejos nas paredes e nos tectos que ainda hoje existem.

Fonte: Wikipédia

O Refeitório - Mosteiro de Alcobaça


A oeste e ao lado da nova cozinha encontra-se o Refeitório, a sala de jantar dos monges brancos. O Refeitório era constituído por um pavilhão com três naves com 620 m² ( 29 x 21,5 m).

Por cima da entrada encontra-se uma inscrição em latim de difícil interpretação: respicte quia peccata populi comeditis (lembrem-se que estão a comer os pecados do povo). A sala impressiona pelas suas proporções harmónicas, possuindo janelas tanto do lado norte como a leste.



Do lado oeste, uma escada de pedra conduz ao púlpito do leitor, que lia textos da Ordem durante as refeições. Os monges sentavam-se com os rostos virados para a parede e tomavam a sua refeição em silêncio.

O abade estava sentado com as costas viradas para a parede a norte e observava a sala. No lado oeste da ponta a sul, o Refeitório abria-se para a antiga cozinha medieval, hoje uma sala lateral, que conduz ao claustro de D. Afonso VI.


Alguns metros à frente, encontra-se na mesma parede uma abertura de dois metros de altura e 32 cm de largura, que conduz à sala, não existindo nenhuma explicação científica para ela. De acordo com uma lenda, esta abertura destinava-se ao controle do peso dos monges. Uma vez por mês, os monges tinham de passar por esta porta, o que só era possível fazendo-o de lado. Se, devido ao excesso de peso, os monges não conseguissem passar pela abertura, eram obrigados a fazer dieta.


Fonte: Wikipédia

O Lavabo - Mosteiro de Alcobaça


Junto ao jardim do Claustro de D. Dinis, na galeria Norte, em frente da entrada do refeitório encontra-se o lavabo, que, traduzido à letra, significa a sala da lavagem. No meio de um pequeno pavilhão de cinco cantos existe um poço com água corrente, no qual os monges se podiam lavar antes das refeições. Esta disposição é típica dos mosteiros cistercienses.


O lavabo é igualmente alimentado pela água da própria conduta de água potável. O tecto do pavilhão possui um terraço, ao qual se acede por meio de uma escada a partir do claustro superior. Nesse terraço encontra-se um antigo relógio de sol.


Também era ali que todos os monges faziam os mesmos cortes de cabelo, que eram todos iguais, em forma de consura.


Fonte: Wikipédia