Diz a tradição que a construção da primeira Igreja Matriz da freguesia do Vimeiro, ocorreu ainda antes da formação da mesma. Seria uma pequena capela, dedicada ao Espírito Santo, que se situava a pequena distância do adro da actual Igreja Paroquial, precisamente no local onde existiu o cemitério. Estava em ruínas quando foi demolida, já na segunda metade do século XIX. O painel do seu retábulo foi transferido para a nova Igreja Matriz.
A nova Igreja Matriz encontra-se inteiramente transformada. A torre data de 1906 e em 1924, foi nela inaugurado um relógio público. Tem como padroeiro S. Sebastião.
Quinta do Vimeiro
Já no séc. XIII a Quinta ou Granja do Vimeiro pertencia aos frades de S. Bernardo. Situada num vale aprazivel e fértil, encontra-se rodeada de belos e aromáticos pomares, sendo por certo outrora uma quinta encantadora.
Porém, hoje pouco resta do seu esplendor passado, uma vez que o mau estado em que se encontra, transformam-na numa triste reminiscência do foi outrora.
A Casa da Quinta do Vimeiro tem uma varanda alpendrada com colunas, arco sineiro, escadaria exterior e, no rés do chão, duas arcadas de acesso às arrecadações. A capela tem no portal a data de 1745, data da sua restauração.
O Estado possui uma extensa mata, que pertenceu outrora à antiga Granja do Vimeiro, sendo digna de visita o sítio da Pena da Gouvinha. O topónimo, Pena da Gouvinha faz pressupor que por aqui terão passado os povos bárbaros. Gouvinha é um nome pessoal de origem germânica, ainda documentado no século XII como Gaudina.
Segundo dados da Junta de Freguesia do Vimeiro, esta mata compreende cerca de 279 ha. de floresta, incluindo pinheiros (cerca de 150 hectares) e quercinias (cerca de 70 hectares), sobretudo, carvalhos e sobreiros.
Um dos tesouros desta mata reside nas cerca de 80 subespécies de sobreiro, oriundas de várias partes do mundo, plantadas há cerca de meio século pelo Engenheiro Agrónomo Joaquim Vieira Natividade. Fez parte dos Coutos Cistercienses e D. Afonso IV terá usado estas terras para fazer as suas caçadas.
Fonte: http://passeiosdohcc.blogspot.com / Furtado Marques, Maria Zulmira Albuquerque;“ Por Terras dos Antigos Coutos de Alcobaça”; Alcobaça 1994.
Fotos: Dias dos Reis / Caminheiros
1 comentário:
Gostei! Obrigada pela informaçao
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