Perto de Turquel existem várias grutas pré-históricas, como a "Casa da Moira", "Cova da Ladra", "Algar de Estreito", "Algar de João Ramos" e "Buraco de Moniz", e ainda sepulturas da idade do bronze e antas. De todos estes lugares escolhemos dois que pela sua importância devem ser referidos como locais a visitar.
Estas grutas e algares próximos de Turquel, deram origem ao longo dos tempos, a idílicas lendas mouriscas, apesar de não subsistirem vestígios reais da presença mourisca, muito embora se saiba que a estes se devem a introdução de técnicas na região, como as de extracção do azeite, do regadio, da moagem, etc..
Como sempre, estas lendas podem assumir diversas formas e existe um grande número de lendas, e versões da mesma lenda, como resultado de séculos de tradição oral. Surgem como guardiãs dos locais de passagem para o interior da terra, os locais "limite", onde se acreditava que o sobrenatural podia manifestar-se. Aparecem junto de nascentes, fontes, pontes, rios, poços, cavernas, antigas construções, velhos castelos ou tesouros escondidos.
Casa da Moira
É uma famosa gruta, situada num outeiro, adjacente à Serra dos Candeeiros, ao qual dão o nome de Cabeço de Turquel. Distancia-se três quilómetros da vila, para leste.
A entrada da gruta é uma estreita fenda aberta no rochedo. Ao fim de alguns metros por entre apertadas paredes, com a forma de um corredor, com bastante declive, há uma espaçosa “sala”, que apresenta de forma original e de curioso aspecto da sua decoração baseada em estalagmites e estalactites, exibindo as mais variadas e caprichosas formas, o que dá a entre recinto a aparência de um templo gótico.
Daqui parte uma galeria, cujo o solo vai gradualmente subindo, e cujas paredes e tectos são também ornamentados por belas colunas.
No extremo desta galeria, houve antigamente uma abertura, que dava comunicação com o exterior.
O conhecido arqueólogo Sr. Joaquim Possidónio Narciso da Silva veio em 1869 observar esta gruta, mandando então prosseguir com escavações, descobrindo diversas camadas de cinzas e ossos. O Sr. Possidónio julga ter servido de necrópole aos povos primitivos.
Estação arqueológica do Paleolítico
Tipo de Estrutura – Gruta natural
Lugar – Charneca do Rio Seco
Localização Geográfica – Carta Militar Portuguesa, escala 1:25 000, 327 Turquel ( Alcobaça), Altitude aproximada 240 m.
Geomorfologia – Gruta aberta no calcário Jurássico superior na vertente NO do Cabeço de Turquel. Zona florestal.
Escavações:
(1869) – Escavações de Joaquim Possidónio da Silva.
(1881) – Escavações de Carlos Ribeiro.
Algar de João Ramos
A Gruta assim denominada abre-se no pendor oriental de uma elevação entre as Redondas e o Covão do Milho.
Esta Gruta tem um acesso que só é possível na vertical, prolonga-se num plano rapidamente inclinado de mais de trinta metros de extensão. No seu lado direito desemboca uma galeria muito sinuosa.
Foi explorada nos finais do século XIX pelo Sr. Manuel Vieira Natividade. Considerado por ele, como a mais notável gruta e a considerou uma estação típica do período do cobre.
Nesta gruta foi encontrado os seguintes instrumentos de cobre: um punhal, dois machados, duas pontas de lança, duas pontas de flechas, além destes objectos do período do cobre, foi também encontrados duas facas de sílex, dois machados, e três placas de xisto (em cada uma destas havia dois furos), oito vasos de barro, um botão de osso, etc.
Estação arqueológica do Paleolítico
Tipo de Estrutura – Gruta natural
Classificação cronológica – Paleolítico médio/superior
Lugar – Covão do Milho (Redondas).
Localização Geográfica – Carta Militar Portuguesa, escala 1:25 000, 327 Turquel ( Alcobaça), Altitude aproximada 190 m.
Geomorfologia – Gruta aberta no Calcário Jurássico, na base da encosta ocidental da serra dos candeeiros. Zona agrícola.
Escavações:
- 1890 – Escavações de Manuel Vieira Natividade.
1 comentário:
Já escrevi sobre a Moira
Uma lenda de encantar
Turquel,é de gente boa
Visite e não fica à toa
Pois se irá deliciar
bjo
Áurea
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