domingo, 7 de fevereiro de 2010

Santa Catarina - Monumentos a visitar

Pelourinho


O pelourinho de Santa Catarina situa-se nas proximidades da Igreja Matriz, no largo principal da povoação.

Este pelourinho, símbolo do poder e justiça do concelho, está ,colocado sobre um alto maciço de alvenaria, é constituído de pinha piramidal, sendo a base formada por três degraus octogonais sobrepostos, acima dos quais se eleva a coluna ao jeito clássico, com pedestal.

O fuste é cilíndrico, afuselado, com capitel em gola. Deste, nascem quatro ferros em cruzeta, cravados na pedra e suportados por esteios em forma de S. Os ferros ou ganchos, recurvados ao meio, terminam em pontas lanceoladas e possuem argolas pendentes. O remate é cónico, de base oitavada, com a superfície cónica e vértice arredondado em jeito de pinha. Para alguns, no entanto, o remate é em forma de copa e aba de chapéu. Foi reconstruído em 1960, com a reutilização dos elementos originais.

Associado a este monumento encontra-se a Forca, onde era feita a justiça. Segundo a tradição popular, a Forca da Comarca encontrava-se localizada numa encosta pedregosa a cerca de quinhentos metros a Sul da povoação, sempre apareceu como um lugar tenebroso que, atormentava os espíritos de quem se aventura a passar por esse local, principalmente pela noitinha.

Igreja Paroquial de Santa Catarina


A Igreja Paroquial de Santa Catarina é um templo simples com uma alta torre sineira. O interior é rebocado e pintado de branco com azulejos industriais de padrão policromo formando silhar.

A nave é única e muito comprida, com pavimento em madeira com corredor em pedra e tecto de madeira em arco rebaixado. O coro alto, possui guarda em balaustrada com balaustres de madeira torneada assente em duas colunas de madeira com pias de água benta integradas.


No sub-coro e do lado da Epistola, a capela baptismal, é quadrangular, diferenciada da nave por um degrau e vedada por divisória de balaustres em madeira. A capela-mor é abobadada. As paredes com silhar de azulejos iguais aos da nave, pavimento em pedra e coberta por tecto plano de madeira pintada de azul; ao centro, sobre plinto facetado, a pia baptismal.

Tem dois altares colaterais de boa talha do princípio do século XVIII e três capelas laterais, uma consagrada a Nossa Senhora do Rosário e duas do lado do Evangelho dedicadas a Cristo Crucificado e ao Coração de Jesus. Sobre o altar frontal, revestido a azulejos, há um retábulo quinhentista. O painel da direita representa a "Anunciação" e o da esquerda a "Adoração dos Pastores".

A Padroeira da freguesia é Catarina de Alexandria (Egipto), século IV, proveniente de família nobre. Convertida por um eremita, decidiu dedicar-se à religião católica. Quando o Imperador Maximiano, que seguia o paganismo, a quis desposar, Catarina repeliu-o dizendo que era noiva de Cristo. Esta recusa proporcionou-lhe o martírio. Sujeita a vários suplícios, entre eles o da roda dentada foi, por fim, decapitada. A festa em honra da padroeira, Santa Catarina, realiza-se em 8 de Setembro e em 25 de Novembro.


Casa Nobre
 

A casa nobre da vila é uma edificação setecentista, com portal decorativo, ornamentado. Ao alto, entre os “pescoços de cavalos” que formam o frontão, um vaso florido, cingido por volutas de cantaria. Uma fiada de sacadas, bem proporcionadas, enobrece a fachada. Escadaria com balaústres de pedra e a guarnição de azulejos de “motivo isolado”. Nas salas há azulejos de ornato da mesma época. Numa esquina da casa ainda se mantém um relógio de sol.
 
 
Capela da Casa Nobre
 
A antiga capela da residência é escuríssima, coberta de um tecto de três planos, pintado e dourado com ornatos miúdos em painéis e as paredes têm quadros representando S. João Baptista, S. João Evangelista, a Anunciação, o Casamento da Virgem, S. Joaquim e a Senhora Santa Ana. Já não existe retábulo no altar e do tecto pende um lustre antigo.
 
Trabalho elaborado por: Fabiana Crisóstomo Costa, nº14 (Grupo 2).
 
Fonte: www.jornaldascaldas.com - site dos caminheiros / Albuquerque, Maria Zulmira;“Por terras dos antigos coutos de Alcobaça”; 1994, Tipografia Alcobacense.

Fotos: Dias dos Reis.

2 comentários:

Antonio disse...

Olá, boa tarde,

Olhem que as imagens que vocês têm aqui, identificadas como sendo a igreja de Santa Catarina (interiores), não estão corretas.

Saudações.

AReis

Knitter disse...

As imagens de interior referem-se à Igreja Paroquial de Azoia, em Leiria, que tem, curiosamente, padroeira com mesmo nome.

Algumas das informações do texto parecem uma confusa mistura com referencias à freguesia de Azoia.