terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Capuchos - Monumentos a visitar

Convento de Santa Maria Madalena 


Convento dos Capuchos ou de Santa Maria Madalena que já esteve em ruínas, encontra-se hoje totalmente recuperado. Fica no lugar do Bárrio da Figueira e nele pode salientar-se a existência de um tanque perto da Igreja, resto de um gracioso jardim que aí terá existido.

Por trás do Parque de Merendas, fica o antigo Convento que deu nome ao lugar e que foi fundado pelo cardeal D. Henrique em 1566. Perto do convento havia instalações agrícolas que provavelmente datam do séc. XIII e estavam ligadas a uma quinta que o Mosteiro explorou nessa época.


O Convento dos Capuchos deixou de ser frequentado, provavelmente aquando das revoluções liberais. Depois da saída dos frades, o convento foi-se degradando e perdendo muito do seu recheio valioso.

O seu espólio foi em parte levado pelos frades. Depois os populares também o assaltaram e com o próprio tempo e o abandono, veio a degradação do convento. Esteve durante muito tempo em ruínas, mas hoje o que restou dele encontra-se recuperado.


Capela da Senhora dos Aflitos

 
De Arquitectura Franciscana, que se caracteriza logo à entrada com galilé interior, à maneira capucha, antecedida por três arcos e um grande janelão de coro na fachada e tímpano curvo no qual se abre um nicho, em cujo interior tem uma imagem de Jesus morto na cruz, razão pela qual o povo baptizou esta capela de Igreja do Senhor dos Aflitos.

 
Das construções religiosas, só resta esta Capela, que tem sobre a porta um brasão bipartido com estrelas em aspa e um leão rompante. Por timbre tem um leão virado á esquerda. Conservava restos de azulejos da fábrica do juncal, que infelizmente com o passar dos tempos desapareceram. Actualmente só resta na capela, o átrio forrado de azulejos.
 
No pavimento está a placa sombria de João Leitão, cavaleiro digno da Casa de Sua Majestade e de sua mulher Maria de Macedo, morgados de Chiqueda e que foram em tempos proprietários do lugar. O brasão, talvez se refira á família Macedo, possuindo 5 estrelas de oiro em campo azul.



Arco da Memória



No cimo da Serra dos Candeeiros existe um arco de volta perfeita que foi construído pelos frades de Alcobaça para, assinalar as divisões administrativas dos seus coutos. Segundo alguns autores, o arco data do século XVI e serviu como artimanha para os frades de Alcobaça aumentarem os limites das suas terras.

Esse arco veio a ficar conhecido por Arco da Memória e está localizado no limite dos Concelhos de Alcobaça e Porto de Mós, mais precisamente, numa sub-área da freguesia do Arrimal chamada Memória. Quem pretender visitar o Arco deve fazê-lo a partir do Arrimal, visto o caminho se encontrar em melhor estado.

O Arco tem 4 metros de altura, 3,62 metros de largura e tem 103 cm de espessura e está situado num pequeno largo de terra batida rodeado de mato e arvoredo. O fascínio deste arco advém, não só pelo facto de ter sido um marco territorial dos Coutos de Alcobaça, mas também por estar associado a um imaginário que o liga com as conquistas de D. Afonso Henriques.


Sem que se possa precisar o ano da sua construção, esta não deverá ultrapassar os fins do século XVI ou os princípios do século XVII. Foi mandado restaurar por D. Miguel, como consta de uma inscrição, que diz: “O muito alto e poderoso rei D. Miguel me mandou restaurar…”.
 
Comemora o local do voto de D. Afonso Henriques e relaciona-se com a lenda da fundação do Mosteiro de Alcobaça, que está contada nos painéis de azulejo da Sala dos Reis da Abadia de Alcobaça.

Segundo esta lenda, D. Afonso Henriques, quando ia a caminho da conquista de Santarém, em 1147, jurou, do alto da Serra de Albardos (Serra dos Candeeiros), que caso conseguisse expulsar os mouros das muralhas do Castelo de Santarém, que doaria a Bernardo de Claraval, todos aos terrenos avistados na direcção do mar. Essas áreas foram, portanto, os dotes concedidos por Afonso Henriques a Bernardo de Claraval, abade pertencente à Ordem de Cister e vieram a tornar-se nos Coutos de Alcobaça. O lugar onde o rei fez esse juramento, é onde hoje, se encontra o Arco da Memória.

Trabalho elaborado por: Sara Cristina Nazaré Serrazina, nº 23, Grupo 2.

Fonte: Furtado Marques, Maria Zulmira Albuquerque; “Por terras dos antigos coutos de Alcobaça”; Alcobaça, 1994 / http://oslugaresdoescritor.blogs.sapo.pt/3017.html

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