A Benedita começou a sua história como "povoação" com a invasão árabe e a consequente fuga dos cristãos, para as proximidades escapatórias das zonas junto ao mar e bosques densos. "No entanto a fundação propriamente dita da povoação da Benedita, remonta a cerca de 800 d.C., quando os Monges de Cister sediados em Alcobaça, por aqui se fixaram na procura de locais para desenvolver a agricultura".(in http://www.benedita.com/)
O último rei dos godos, D. Rodrigo, encontrou um refugio no Promontório do Sitio e Frei Romano no Monte de S. Bartolomeu.
No bosque enorme situado entre Leiria e Santarém, viviam algumas famílias de agricultores e ai se abrigaram alguns cristãos. Nessa zona foram aparecendo jovens medrosos dos mouros e a pouco e pouco foram-se construindo casas perto de uma capela, a Capela da Senhora Aparecida, e acabou por se formar uma aldeia que se chamava "O Lugar da Senhora", mais tarde Benedita.
Só depois da doação feita por D. Afonso Henriques, aos monges de S. Bernardo, em 1153, a região começou a ser repovoada e foi ali construída a primeira capela ou Casa de Oração dos Monges de S.Bernardo.
A elevação a paróquia, dá-se em 1532, pelo Cardeal Infante D. Afonso, Administrador do Real Mosteiro. Durante séculos a capela esteve isolada no Vale da Mata dos Loureiros. Assinalava-a o estilo ogival do átrio com 3 arcos idênticos ao do Mosteiro de Alcobaça e terá tido uma só nave com abóboda de pedra. Segundo a tradição, esta ermida esteve ligada à lenda da "Aparição da Senhora, a Benetita", o que decorreu no séc. XIII.
Em 1536, o Cardeal D. Henrique foi abade no Mosteiro de Alcobaça e eleva a Benedita à categoria de freguesia.
Em 1536, o Cardeal D. Henrique foi abade no Mosteiro de Alcobaça e eleva a Benedita à categoria de freguesia.
Com a criação da freguesia, os monges deixaram o ermitério ali existente, passando-o para a dependência da Confraria de Nossa Senhora, mais tarde substituída pela Confraria do Santíssimo Sacramento.
O topónimo da vila da Benedita, nasceu da lenda da aparição da Nossa Senhora, a Benedita, a duas crianças. Esta aparição foi objecto de culto e veneração das gentes do povoado.
Outros, contudo dão uma explicação menos tradicional relacionando o nome com a fundação da 1ª Casa de Oração dos Monges de Cister, que pertenciam á Ordem de S. Bento, a quem chamavam de "Santos Benedictus". Dai a terra “Benedita”.
Depois, alterou-se a designação de Nossa Senhora da Benedita, por Nossa Senhora da Encarnação.
Esta alteração deve-se, ao grande Gil Vicente, (o primeiro grande dramaturgo e poeta português), que um dia visitou o povoado e ficou surpreendido com a "viva encarnação" da imagem da Senhora Benedita e rapidamente divulgou o facto na corte. A partir dai a povoação passou a designar-se de “Nossa Senhora da Encarnação da Benedita”.
Trabalho realizado por: Patrícia Serrazina, nº 20 (Grupo2).
Fonte: Marques, Maria Zulmira Albuquerque Furtado;“Por terras dos antigos coutos de Alcobaça”; 1994, Tipografia Alcobacense.
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