A Póvoa de Cós estava muito bem localizada na época dos Monges de Cister, pois por lá passava a antiga “estrada oceânica” que partia de Olisipo (nome romano da cidade de Lisboa) e se aproximava do mar, tocando Salir do Porto. A partir de São Martinho, ia-se afastando passando pela Povoa de Cós, Leiria, Soure e Coimbra, num progressivo afastamento da costa.
A povoação é constituída por dois lugares: Pedrogão e o Castelo. A zona que ainda hoje tem o nome de Castelo, fica no local onde outrora existiu um Castelo. Era no lugar do castelo que se situava a antiga fortificação que dominava a Lagoa da Pederneira.
O Castelo foi construído pelas povoações ribeirinhas, no séc. IX, para defesa dos ataques de piratas e vikings. Hoje só restam uns alinhamentos da muralha do desaparecido Castelo da Póvoa de Cós.
Quanto a Pedrógão, está minado de alicerces romanos, moedas, mosaicos, entre os quais o célebre mosaico polychrómico de que se reproduz a parte central. É o chamado “Rei de Cós”, uma cabeça radiada, ao que parece de Appolo-Sol, entre duas cornucópias.
Na totalidade, o painel agrupa fauna marinha, vasos e no centro um medalhão com o busto radiado. Pelo tipo de composição, motivos e utilização da cor, parece no seu conjunto, ser datado do séc. II.
Este painel encontrava-se no Museu Leite de Vasconselos em Lisboa, mas presentemente está exposto na Sala dos Reis do Mosteiro de Alcobaça e foi retirado dos restos dum sumptuoso edifício existente no Pedrógão.
Fonte: http://www.jfcoz.com/
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