A Nazaré é uma vila portuguesa no distrito de Leiria, região Centro-Oeste. É sede de um pequeno município que é subdividido em 3 freguesias. O município é rodeado a norte, leste e sul pelo município de Alcobaça e a Oeste confina com o litoral do Oceano Atlântico.
A vila possui uma praia espectacular, de uma beleza impar. O casario branco dos pescadores, e os enormes penhascos sobre um mar de um azul intenso, fazem desta vila piscatória, ainda hoje, um destino turístico de eleição, sobretudo devido às suas características tradicionais.
Ainda se podem ver pescadores vestidos com camisas de xadrez e calças pretas, a remendar as redes de pesca e as suas mulheres com sete saiotes, a secar o peixe sobre o areal, perto dos seus barquinhos coloridos.
Na época de Verão lá se encontram as famosas barracas de cores vivas ao longo da praia. Por cima desta beleza podemos encontrar o Sítio e a Pederneira.
Na origem do povoamento do promontório do Sítio estão as condições naturais e o sentimento religioso, que advem do milagre de Nossa Senhora da Nazaré. O Sítio é o pequeno povoado situado em cima do permontório, desde sempre acompanhado pela lenda do alcaide D. Fuas Roupinho, é uma localidade visitada por muitos peregrinos, pois é ali que se encontra o famoso Santuário de Nossa Senhora da Nazaré e, em seu redor, encontra-se o Terreiro da Romaria e o Hospital.
Por outro lado, no outro extremo e também situada em cima dos contrafortes da Serra da Pederneira, encontra-se a povoação da Pederneira. Inicialmente denominada por Serro Petronero, ou seja, o Golfo da Pederneira. A Pederneira foi durante muitos anos, entre os sécs. XII e XIV, um porto de mar, onde existiu um dos estaleiros mais activos do reino de Portugal.
A Praia da Nazaré é de origem relativamente recente, pois ainda no século XVII o mar vinha bater nos contrafortes da Serra da Pederneira, cobrindo toda a área hoje ocupada pela praia e pelo seu casario. As rápidas transformações geológicas ocorridas ao longo desse século provocaram o recuo do mar e o assoreamento da área, deixando a descoberto a formosa enseada.
As primeiras referências sobre a pesca na Nazaré datam de 1643, no entanto, só no final de setecentos a população se começou a fixar no areal. Os pescadores habitavam, sobretudo, nas partes altas - Sítio e Pederneira - dado que os constantes ataques dos piratas argelinos e holandeses tornavam o areal pouco seguro.
Porém só no séc. XIX a Nazaré conhece o primeiro surto de desenvolvimento, quando os pescadores de Ílhavo, Buarcos, Quiaios, Aveiro e Lavos procuram a Nazaré para pescar e construir as suas embarcações para a faina. A partir dai um surto de desenvolvimento acontece, mas é quebrado pelas Invasões Francesas que saqueiam e incendeiam armazéns, instalações de serviços, casas e até residências dos que vinham a banhos para a praia.
A Nazaré começou a ser conhecida e procurada, como praia de banhos, em meados do século XIX. A sua beleza natural e tipicismo desde sempre atraíram os visitantes. A pesca, a transformação do pescado e a sua venda, foram ao longo de quase todo o século XX, as principais actividades da população.
A Nazaré começou a ser conhecida e procurada, como praia de banhos, em meados do século XIX. A sua beleza natural e tipicismo desde sempre atraíram os visitantes. A pesca, a transformação do pescado e a sua venda, foram ao longo de quase todo o século XX, as principais actividades da população.
A dureza e perigosidade da vida do mar levaram muitos pescadores a procurarem uma vida melhor noutras paragens. A construção do "Porto de Pesca e Recreio", no início da década de oitenta, veio alterar e melhorar a vida dos pescadores, iniciando uma boa e nova fase no quotidiano da vila.
Na década de 60, a Nazaré começou a ser conhecida internacionalmente e a ser visitada anualmente por milhares de turistas nacionais e estrangeiros, sendo hoje uma vila moderna e sempre animada.
Fonte: http://www.marbravo.com / Marques, Maria Zulmira Furtado, " Por Terras dos Antigos Coutos de Alcobaça", Alcobaça, 1994.
Trabalho elaborado por: Carolina Ramalho, nº 9, 7º F, Grupo 1.
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