segunda-feira, 24 de maio de 2010

Aljubarrota - sua História

                               

Aljubarrota está situada numa eminência não muito alta, dominando os férteis campos de Alcobaça. Terra repleta de riquezas agrícolas, com abundância de vinho, azeite, legumes e árvores de fruto de toda a variedade.

Actualmente ainda não se sabe exactamente quando surgiu o povoação de Aljubarrota. Um povoamento da região remonta ao Período Neolítico (Carvalhal de Aljubarrota, por exemplo, possui uma estação neolítica).

Mas quanto à origem no nome existem algumas referências a ter em conta:



Num relatório paroquial da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, pode ler-se: "Aljubarrota, que no arabigo quer dizer campina aberta, há uma vila antiquissima, ... e sem embargo que não há certeza da sua fundação; poucos annos, há se descobrio junto della numa pedra, da qual já não há notícia, por onde constava ser a sua fundação, dos tempos dos romanos..."

Sabe-se que próximo de Aljubarrota, existiu uma grande cidade romana a que chamavam "Arruncia".


No Dicionário Corographico de Portugal Continental e Insular pode ler-se: "Defronte da villa a 200 metros de distância veem-se alguns vestigios da antiquissima Igreja de Santa Marinha (ainda veem no adro sepulturas de eras remotíssimas, com dizeres e instrumentos agrícolas esculpidos). Teem-se aqui achado moedas romanas de prata."

No entanto o nome Aljubarrota terá muito provávelmente origens árabes. Aquele povo, durante a sua longa ocupação, terá denominado a povoação aqui existente de "Aljobbe" (que significa poço, cisterna ou cova funda), que mais tarde derivou para Aljubarota.

D. Afonso Henriques nas doações de 1153 e 1183, nomeia-a nos escritos de doação, de Aljamarota, segundo Viterbo.

Aljubarrota é uma vila antiquíssima, que tem o seu nome está ligado à célebre batalha que deu a vitória ao rei D. João I, em 14 de Agosto de 1385, contra o invasor castelhano. Tornou-se um dos mais fortes símbolos de independência, coesão e orgulho nacional.




A situação de Aljubarrota, numa linha de alturas que se prolongava até aos campos de S. Jorge, tornou priveligiada a sua geografia para ser escolhida como palco da famosa batalha, tendo na rectaguarda as terras férteis do Mosteiro de Alcobaça e situando-se na encruzilhada de estradas que iam dar a Lisboa.

A povoação conserva a traça antiga de natureza histórico-mediaval, com prédios que, não ultrapassando o primeiro andar, caracterizados pelo uso de cantaria, colunas, janelas de geometria vária, de cor branca nas paredes e volumetria que não ultrapassa o primeiro andar.

Aljubarrota foi e sede de concelho até ao início do século XIX, aquando da reorganização administrativa de 1855. O seu território divide-se actualmente em duas freguesias: S. Vicente e Nª Sª dos Prazeres, cujo edifício sede, na Praça do Pelourinho, constitui um dos mais belos conjuntos do País, no genero.

Teve Carta de Foral antigo outorgado pelo Abade de Alcobaça D. Martinho I, renovado pelo rei D. Manuel I em 1514. Foi uma das treze vilas que constituíram os Coutos da Abadia Cisterciense de Alcobaça.



Em 1833, com a extinção da Ordem de Cister, Aljubarrota perde importância administrativa em relação a Alcobaça, acabando por perder o estatuto de sede de concelho em 1855, hoje faz parte do concelho de Alcobaça.
 
A vila é rica em motivos arquitectónicos, memórias históricas e pedras ancestrais, que constituiem um museu vivo da história portuguesa.

Nos tempos actuais, Aljubarrota recuperou o estatuto de vila em 2 de Julho de 1993, e para além do seu peso histórico, é o centro de uma zona rica pela sua actividade económica, não só agricola (vinhos e fruta de grande qualidade), como também industrial, tendo relevo as prósperas unidades de porcelanas, cerâmicas de construção, bem como a extracção e laboração de pedras, de designação consagrada, tais como "Ataíja" e "Moleanos".

Nos últimos anos, Aljubarrota tem sido palco de uma feira medieval, realizada anualmente em Agosto, comemorando a Batalha de Aljubarrota.


Foi em Aljubarrota que, no século XVIII nasceu Eugénio dos Santos, o arquitecto português responsável pela reconstrução da Baixa Pombalina de Lisboa, após o terramoto de 1755.


Trabalho elaborado por: Carolina Ramalho,  nº9, 7ºF, Grupo 1

1 comentário:

Unknown disse...

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