terça-feira, 13 de abril de 2010

Almoster - sua História


Situada a poente de Santarém, no início de uma elevação que se prolonga pelo Concelho de Rio Maior, a freguesia de Almoster (antiga paróquia de Santa Maria de Almoster) dista 13 quilómetros da sede do Concelho.

O topónimo Almoster, “al monasterium”, de origem híbrida latina/árabe, parece denunciar a presença de um mosteiro ou simples ermitério protocristão. Desse primeiro mosteiro apenas nos resta o topónimo. Contudo, existem vestígios de ocupação humana na região desde o III milénio a.c. – Calcolítico e Idade do Bronze Inicial. Disso dão prova os achados que hoje fazem parte da colecção do Museu Nacional de Arqueologia.


O lugar de Almoster foi o escolhido por D. Sancha Pires, em testamento datado de 1287, para a fundação de um mosteiro, que sua filha, D. Berengária Aires, inicia, em 1289/90, a construção de um mosteiro feminino, submetido à Ordem de Cister, o Mosteiro de Santa Maria de Almoster, do qual hoje nos resta apenas a Igreja, recentemente recuperada pelo IPPAR, os Claustros e a Casa do Capítulo (séc. XIV) e as ruínas do Dormitório e Refeitório (séc. XVI).

Foi igualmente na freguesia de Almoster, no lugar de Santa Maria (Casal da Charneca), que se travou, em 18 de Fevereiro de 1834, a Batalha de Almoster entre as tropas absolutistas de D. Miguel e as tropas liberais de D. Pedro, tendo estes últimos alcançado a vitória, iniciando-se aí um novo período da nossa história, a Monarquia Liberal.


Ainda hoje está patente no brasão de Almoster, uma banda de cor vermelha e prata que é o símbolo da Ordem de Cister. Os dois distintivos em chefe e em ponta significam as duas facções rivais das lutas liberais: o distintivo de azul e vermelho representa a facção absolutista, tradicionalista; o distintivo de prata e azul representa a facção liberal, constitucional.

Muitos são ainda os testemunhos da actividade da freguesia nos finais do séc. XIX e XX, como os fornos de cal, a fábrica de tijolos, pedreiras, moinhos de água e de vento, bem como todo um espólio reunido no Museu Etnográfico da Freguesia de Almoster.


Trabalho elaborado por: Fabiana Crisóstomo Costa, nº14, 7º F, Grupo nº 2.

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