Alfeizerão situa-se numa encruzilhada de caminhos. Está praticamente à mesma distância (14 kms) de Alcobaça, Nazaré e Caldas da Rainha. Percorrem-se apenas três quilómetros e alcançamos a bela praia de S. Martinho do Porto.
Acredita-se que a fundação de Alfeizerão possa remontar à época da invasão muçulmana da Península Ibérica ou até mesmo aos galo-celtas.
Foi uma antiga vila dos Coutos de Alcobaça, fundada pelos árabes, que lhe deram o nome de "Al-cheizaram", que significava caniço ou canavial miúdo.
Foi uma antiga vila dos Coutos de Alcobaça, fundada pelos árabes, que lhe deram o nome de "Al-cheizaram", que significava caniço ou canavial miúdo.
A Vila de Alfeizerão segundo alguns historiadores, foi fundada pelos árabes entre 714 e 717, os quais se mantiveram nesta região cerca de 400 anos, até 1147, altura em que é conquistado e seu castelo tomado, por D. Afonso Henriques, no seu caminho para a tomada de Lisboa e Santarém.
Após a sua conquista, Alfeizerão foi doada à Ordem de Cister, passando a fazer porte dos Coutos do Convento de Alcobaça.
Dos monges donatários da Ordem de Cister, recebeu este lugar dois forais. O primeiro no ano de 1342, passado pelo Abade do Mosteiro de Alcobaça, D. João Martins e o segundo pelo então Abade D. Fernando Quental, em 1422.
Em 1514, D. Manuel l outorgou-lhe Foral Novo e concede a esta localidade a categoria de sede de concelho e estatuto de vila, mandando erigir um Pelourinho.
Durante 332 anos Alfeizerão foi sede de concelho com alcaide, foro e juízes. A sua paróquia era vigararia. Por decreto de 6 de Novembro de 1836 foi extinto o concelho, tendo esta vila sido integrada no concelho de S. Martinho do Porto. Com a extinção do concelho de S. Martinho, foram estas duas vilas integradas no concelho de Alcobaça, passando posteriormente para Caldas do Rainha, e mais tarde, novamente para Alcobaça.
Alfeizerão foi um importante porto de mar, o qual se manteve activo até finais do séc. XIV. Aqui, existiram importantes estaleiros de construção naval e as mais ricas salinas dos Coutos do Convento de Alcobaça. Após um período menos feliz, em parte devido ao terramoto de 1755 e que se prolongou por mais de um século, começou novamente Alfeizerão a desenvolver o seu potencial económico e social.
Presentemente, cerca de 70% dos habitantes desta freguesia dedica-se às actividades de pecuária, agricultura, fruticultura, vinicultura, lacticínios, confeitaria, pastelaria, abate e conserva de carne, serração de madeiras, mobiliário, porcelanas e olaria, oficinas e reparações de automóveis e serviços.
Trabalho elaborado por: Pedro Miguel, nº 21, 7º F, Grupo 1.
Fonte: www.alfeizerão-alcobaça.com/historia
Fotos: Dias dos Reis
1 - Na minha juventude, ouvi e li na imprensa desportiva uma ou duas referências a este nome. Não me era pois portanto desconhecido.
ResponderEliminar2 - Se é verdade que «jaz quase esquecido dos seus conterrâneos», deixo uma crítica à mentalidade autárquica nacional: muitas vezes homenageia figuras que nada têm a ver com a terra, em detrimento dos nomes locais.
3 - Isto, que é particularmente verdade no tocante à toponímia, não será totalmente o caso de Ovar, ainda bem.
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É certo que Fr. Manuel dos Santos refere a 1342 o foral de Alfeizerão. Isto deve-se ao modo como então se contava o tempo - que não é o de hoje. Mas a data certa é outra: «Era de mil e CCC e setenta anos» - 1370. Atualmente, para contarmos o tempo retiramos 38 anos ao número que indica a era: a data correta é portanto 1332!