sábado, 24 de abril de 2010

Alcobaça - Monumentos e locais a visitar (3)


A cidade de Alcobaça é banhada pelos rios Alcoa e Baça, nomes de cuja aglutinação a tradição faz derivar o seu nome – o que está longe de ser consensual.

A cidade cresceu em redor de um Castelo Árabe e, depois, de um Mosteiro Cristão Cistercience: entre os dois, um emaranhado de ruas de aspecto medieval ornamentadas de igrejas como a da Igreja da Misericórdia e a de Nossa Senhora da Conceição recorda-nos a sua história antiga.



Neste 4º Roteiro de Estudo, propõe-se a visita às ruínas do seu antiquissímo Castelo Árabe e os seus belos Arcos de Cister, uma vez que a visita ao Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, foi proposta no 1º Roteiro de Estudo e a visita às suas antigas Capelas e Igrejas, foi a proposta no 2º Roteiro de Estudo.
 
 
Castelo de Alcobaça
 
No cimo da Rua do Castelo, em Alcobaça encontramos o seu Castelo.

Há controvérsias entre os vários autores acerca da primitiva estrutura defensiva do local, atribuída ora à ocupação visigótica ora à muçulmana da qual uma torre albarrã é testemunha. A reconstrução medieval, data do século XVIII e edificaram uma pequena povoação em redor, que se julga ser a primitiva origem da actual Alcobaça.

Em posição dominante a noroeste sobre a povoação, na margem esquerda do rio Baça, de onde se avista um excelente panorama do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça  e da propria cidade, bem como dos vales verdejantes que a rodeiam. Mais ao longe, observa-se a bonita Serra dos Candeeiros.


Foi tomado por D. Afonso Henriques aos mouros, que por sua vez o reconquistaram e arrasaram, sendo reconstruído por D. Sancho I. Era uma grande e robusta fortaleza que servia não só de abrigo seguro aos moradores dos lugares circunvizinhos, formando com os castelos de Leiria, Pombal e Óbidos uma linha avançado de defesa de Lisboa.

À época da reconquista cristã da Península Ibérica, este castelo foi tomado pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185), que o teria reparado e reforçado. Reconquistado e destruído pelos mouros entre 1191 e 1195, D. Sancho I (1185-1211) retomou a povoação e suas terras, doando-as aos Monges da Ordem de Cister, para a povoarem e defenderem. Data deste reinado a reconstrução do castelo para a defesa da povoação e seus habitantes.


Com a paz, nestes domínios, os monges dedicaram-se  à vitivinicultura e à enologia, tornando-se uma referência gastronómica internacional nos séculos seguintes.

Por volta de 1369 o abade de Alcobaça, D. Frei João de Ornellas, procedeu ao reforço da defesa do castelo erguendo uma barbacã, tendo-se ainda reedificado uma torre caída e o troço de muralhas voltado para o Mosteiro. Para custeio destas obras, foi lançada uma finta sobre os moradores.


No século XV o castelo foi severamente danificado pelo terramoto de 1422, tendo-lhe sido providenciados os reparos necessários no ano de 1424. Um pouco mais tarde, o abade D. Frei Gonçalo Ferreira faz reconstruir a Torre de Menagem (1450).

No século XVII tiveram lugar novas obras de reparo no castelo (1627). Nesta fase, a torre destacada a leste passa a ser utilizada como cadeia, função que desempenhará até ao terramoto de 1755.


Sendo a nomeação dos alcaides do castelo prerrogativa dos Abades de Alcobaça, conhecemos que Geraldo Pereira Coutinho, lente de prima e cânones da Universidade de Coimbra foi nomeado como alcaide-mor do castelo, em 10 de Novembro de 1701.

Na primeira metade do século XIX, no reinado de D. Maria II (1826-1828; 1834-1853), já sem função estratégica ou defensiva, determinou-se arrasar o antigo castelo (1838), que foi considerado como extinto nas Actas da Câmara Municipal (1854).


Em meados do século XX, abandonado e entulhado, procedeu-se o aproveitamento da sua cisterna para o depósito de água potável a ser distribuída à população (1940).

Poucos anos mais tarde, procedeu-se à reconstrução da muralha voltada para o Mosteiro, a partir de uma descrição deixada pelo Frei Fortunato Boaventura (1952-1953), bem como a obras de limpeza do monumento e da sua área envolvente, incluindo-lhe os acessos, por ocasião da visita da rainha Elizabeth II de Inglaterra a Portugal, quando visitou Alcobaça (1956). Na década de 1960 novos reparos de pequena monta foram efetuados (1965).
 
Arcos de Cister
 


Conjunto de dois arcos integrados em construções setecentistas que ligam entre si a Praça da Republica e a Praça de D. Afonso Henriques, a mais arborizada. Ambas se tornam muito agradáveis pelas suas esplanadas. No tempo dos Frades de Cister estes arcos ligavam o antigo celeiro a outras dependências do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça.


Fonte: Wikipédia / http://alcobaca.no.sapo.pt/

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