No cume da Serra da Pederneira existia a vila medieval da Pederneira, que vivia a partir de um importante porto e de estaleiros. A Pederneira, que na idade média tinha por trás um extenso golfo, foi um grande porto de mar, entre os séculos XII e XVI. Ali existia um dos mais importantes estaleiros navais do reino.
Até aos princípios do século XVII a zona que hoje correspondente à Nazaré, só estava formada por dois núcleos, O Sítio e a Pederneira. O mar penetrava até a Serra da Pederneira, ocupando a actual Praia da Nazaré. Com o recuar das águas, forma-se a Praia da Nazaré, com a população que desce e começa a estabelecer-se na costa.
O nome desta antiga vila medieval da Pederneira terá tido origem num tronco de conífera fossilizado e encontrado na região onde hoje é o cemitério da Pederneira. Este fóssil silidificado, poderá ter sido utilizado pelo Homem do Neolítico como menhir, integrando um conjunto de alinhamentos regionais com significado mágico/religioso, englobado, desde muito cedo, nas crenças arcaicas dos grupos humanos que colonizavam esta região.
Este antigo marco terá sido encontrado pelos primeiros povoadores. O espaço sacralizado pelo símbolo pagão, onde foi encontrado pela primeira vez, é mantido como cemitério até à actualidade preservando, assim, o seu significado religioso.
Por volta de 1514, quando D. Manuel concedeu novo foral à vila da Pederneira, foi erguido na praça principal um pelourinho em estilo manuelino. A Pederneira preservou o estatuto concelhio até 1855, altura em que, por declínio demográfico face à evolução recente da cosmopolita Praia da Nazareth, foi anexado ao concelho de Alcobaça até à criação do município da Nazaré em 1912.
Em 1886, o tronco fossilizado foi transportado para a Praça Bastião Fernandes a partir do antigo cemitério, em substituição do antigo pelourinho manuelino então destruído, como que apelando a um sentimento autonómico. Deste modo, a partir de 1912, torna-se no único exemplo do mundo em que um fóssil foi aproveitado directamente como símbolo popular da soberania local.
Depois da actividade portuária, surge a monumentalidade do sítio. Corria o século XIX quando no Largo Bastião Fernandes se levantou um pelourinho. Dois séculos antes tinha sido construído o edifício dos Paços do Concelho. A Igreja Matriz é ainda mais antiga (século XVI).
Trabalho elaborado por: Bruna Duarte Silva, nº 8, 7º F, Grupo 3.
Fonte: http://www.cm-nazare.pt/
Fotos: Dias dos Reis
Trabalho elaborado por: Bruna Duarte Silva, nº 8, 7º F, Grupo 3.
Fonte: http://www.cm-nazare.pt/
Fotos: Dias dos Reis
1 comentário:
estive a ler esse blog, só não entenco como teve o foral de D. Manuel, quando a Pederneira pertencia aos monges de Alcobaça, e pagavam as suas décimas, até no peixe que pescavam. Caso nao tenha o conhecimento havia uma ermida em valados dos frades que, eram os que recebiam as rendas. O Rio alcoa que fazia uma grande baía atras da Pederneira era tambem taxada pels monges de cister. E pelo que se documenta foi regra até às invazoes francesas.
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